quarta-feira, 2 de março de 2016

O AMOR É UM CÃO DOS DIABOS - CHARLES BUKOWSKI

Ontem a noite terminei minha sétima leitura do ano, e foi o Sr. Bukowski que me concedeu essa honra.

Havia saído de uma entrevista de estágio na semana passada, super nervosa, quando resolvi me presentear com um livro, já que tem uma banca de jornal na frente do edifício, e sempre há livros de bolso do lado de fora (que tentação).
Comprei com um dinheiro que eu não podia gastar, mas eu estava muito nervosa da entrevista e resolvi me presentear, haha.
Então, vamos lá?

O Amor é um cão dos diabos
Autor: Charles Bukowski
Editora: L&PM POCKET
Páginas: 303

Esse livro me despertou vários sentimentos distintos, mas em conjunto. Dei risada do sarcasmo dele, senti nojo de algumas descrições e me conectei com várias coisas. Acho que posso dizer que encontrei alguém que apesar de tão diferente, sentiu as mesmas coisas que eu sinto, em principal o relacionamento dele com as mulheres.
Esse é um livro de poesias, de maneira que, o Buk conta sobre seu relacionamento com as mulheres, aponta sobre as prostitutas, fala sobre bebida, drogas e uma vida miserável em Los Angeles.
Eu não sei muito sobre sua vida, já que foi a primeira obra que tive contato, mas posso dizer que gostei e indico. Entretanto preciso avisar sobre algumas coisas que encontrei no decorrer da leitura:
Bukowski escreve de uma forma extremamente crua; o cara cospe a realidade na sua cara sem falso moralismo. Você não irá gostar do livro se for uma pessoa mente fechada, e não estiver disposto (a) a entrar na vida dele (que é provavelmente uma realidade completamente diferente da sua), para entender "o por quê" de tal comportamento, conforme você vai trocando as poesias.
Algumas poesias me deram asco, porque são coisas que não esperamos encontrar em um livro quando alguém pergunta, por exemplo: O que você está lendo? E tu responde:  "poesias".
Poesia remete a algo fofinho e belo, mas Bukowski mudou essa concepção, ao escrever a realidade de sua vida e das coisas a sua volta. O cara só iria se sentir completo se continuasse escrevendo a cada dia junto de sua bebida, um cigarro, e alguma ruiva (ou não).
Uma coisa que me chamou a atenção é que Buk era uma pessoa bem simples, e que não se importava com o externo; era um cara cheio de conhecimento. Dá para notar isso quando ele menciona outros grandes nomes como Chopin, Mozart, Van Gogh, Dostoiévski, entre outros.
Há uma poesia que muito me chamou a atenção em que ele menciona alguns nomes. Segue foto:

Espero que tenham gostado. Caso eu grave um vídeo para o canal, anexarei o link no final do post.
Até a próxima!
Beijos,
Larissa Lyrio